Sertanejo universitário, novo folk, pop caipira. Não faltam rótulos para a dupla mineira Victor & Leo, estourada de
Norte a Sul do país graças à participação na trilha sonora de duas novelas da Globo. Mas, se depender do show que eles fizeram no último sábado no Chevrolet Hall, talvez o adjetivo mais apropriado para classificar a música dos irmãos seja "fofo". Isso mesmo. Os dois rapazes sensuais atraem, quem diria, as crianças. Centenas delas estiveram na maior casa de espetáculos da cidade para acompanhar as músicas que falam sobre os elementos da vida no interior: borboletas, fadas, sapinhos, lagoas e até varinhas de condão. Chega a ser contraditório. Apesar de alguns sucessos relatarem as idas e vindas de relacionamentos, sempre muito bem comportados, a maior parte do show parece ter sido feita para o público infantil.
Nesse ponto, Victor e Leo realmente representam ares novos para a música sertaneja. Principalmente se comparados aos excessos decolegas como Zezé di Camargo & Luciano. Pelo entrosamento demonstrado com o público recifense, que tinha na ponta da língua da primeira à última música, a fórmula dos mineiros está mais do que aprovada. E, se em time que está ganhando não se mexe, os irmãos não quiseram arriscar. A falta de ousadia, por ironia, é alvo de críticas dos fãs. O set list é o mesmo desde 2007, quando os artistas gravaram seu primeiro DVD ao vivo na cidade de Uberlândia (MG), onde nasceram. Quem já viu e foi às apresentações realizadas no Festival de Verão e na Semana Santa em Gravatá entende o que estamos falando.
Para "variar", a música de abertura foi o sucesso Borboletas. Falando sempre em "boas energias", eles seguiram firmes até a levada caipira 60 Dias Apaixonado. Apesar dos aplausos constantes, a pista ficou deslocada. Não se dançava forró, nem se arriscava passos do country. O comportamento é reflexo da recente aceitação do sertanejo no Nordeste. Alavancada, principalmente, por Victor e Leo. E os irmãos perceberam isso. Nas vezes em que falavam com o público, sempre ressaltavam, com surpresa, o reconhecimento adquirido na região. "Aqui a energia de vocês é diferente. É como estar em casa", afirmou Victor. Em seguida, protagonizou o único momento diferente do show. Com o indefectível violão em punho, arriscou o hino do rei do baião, Asa Branca.
Ao mesmo tempo em que a produção se esforçava para fazer jus ao sucesso estrondoso dos irmãos, havia necessidade de deixar o palco com cara de interior. A dupla cantava suas canções, lindas borboletas, sapinhos e corações apareciam no painel. No início e no final da apresentação, fogos de artifício. Para alegria da criançada e de jovens casais apaixonados. A última música? Borboletas. Por que mexer em time que está ganhando?
Dupla mantém mesmo repertório desde 2007, falando de borboletas, fadas e sapinhos. Foto: Joao Vitor Alves/Divulgação |
Nesse ponto, Victor e Leo realmente representam ares novos para a música sertaneja. Principalmente se comparados aos excessos decolegas como Zezé di Camargo & Luciano. Pelo entrosamento demonstrado com o público recifense, que tinha na ponta da língua da primeira à última música, a fórmula dos mineiros está mais do que aprovada. E, se em time que está ganhando não se mexe, os irmãos não quiseram arriscar. A falta de ousadia, por ironia, é alvo de críticas dos fãs. O set list é o mesmo desde 2007, quando os artistas gravaram seu primeiro DVD ao vivo na cidade de Uberlândia (MG), onde nasceram. Quem já viu e foi às apresentações realizadas no Festival de Verão e na Semana Santa em Gravatá entende o que estamos falando.
Para "variar", a música de abertura foi o sucesso Borboletas. Falando sempre em "boas energias", eles seguiram firmes até a levada caipira 60 Dias Apaixonado. Apesar dos aplausos constantes, a pista ficou deslocada. Não se dançava forró, nem se arriscava passos do country. O comportamento é reflexo da recente aceitação do sertanejo no Nordeste. Alavancada, principalmente, por Victor e Leo. E os irmãos perceberam isso. Nas vezes em que falavam com o público, sempre ressaltavam, com surpresa, o reconhecimento adquirido na região. "Aqui a energia de vocês é diferente. É como estar em casa", afirmou Victor. Em seguida, protagonizou o único momento diferente do show. Com o indefectível violão em punho, arriscou o hino do rei do baião, Asa Branca.
Ao mesmo tempo em que a produção se esforçava para fazer jus ao sucesso estrondoso dos irmãos, havia necessidade de deixar o palco com cara de interior. A dupla cantava suas canções, lindas borboletas, sapinhos e corações apareciam no painel. No início e no final da apresentação, fogos de artifício. Para alegria da criançada e de jovens casais apaixonados. A última música? Borboletas. Por que mexer em time que está ganhando?
Fonte: Diário de Pernambuco
Por Mirella Marques
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