Dormideira (Victor Chaves)
No chão e no mato
Há belezas intensas
Entre indiferenças
Anônimas, de fato
Hoje em dia
Coisa comum é raridade
No verniz vulgar da vaidade
De visão torpe e doentia
Então se vê na dormideira
Atroz qualidade não-vegetal
A de responder ao sinal
Ao toque, à brisa prazenteira
De folha farta e flor bela
Por ingênua sismonastia
Recolhe-se em agonia
Depois demuda, e se revela
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