Super Saldão na Loja Oficial Victor e Leo






Pré-venda DVD Victor e Leo na Saraiva







Video: Bastidores Victor e Leo "Ao Vivo em Floripa"



Publicado em 31/07/2012 por 
Imagens: Diego Zanchet / Heron Domingues / Robson Covatti / Willian Sailer
Edição: HD Produtora

www.gdo.com.br

VICTOR & LEO COMPARAM FUNKNEJO A 'MISTURAR CAFÉ COM GASOLINA'


Leo canta até Guns N' Roses no camarim, mas base é 'sertanejo de raiz'.


Em entrevista ao G1, dupla comenta o novo CD e DVD 'Ao vivo em Floripa'.


Fazer misturas com parcimônia é o lema dos sertanejos Victor & Leo para chegar à fórmula de sucesso desde 2006. Os irmãos mineiros de Abre Campo juntam o gosto pela música que ouviram na infância na roça com rock, forró e outros em hits como "Borboletas", de 2008. Mas certas junções não os agradam tanto. O duo lança o CD e DVD "Ao vivo em Floripa" e comenta sobre quem mistura funk carioca e sertanejo, em entrevista ao G1. "Pergunte a uma criança hoje: 'Você ouve música sertaneja?'. 'Ouço.' 'Canta uma.' Eu tenho medo do que ela vai cantar", exemplifica Victor Chaves.


O disco promove encontros com a velha guarda sertaneja (Marciano, ex-parceiro de João Mineiro, falecido neste ano, Chitãozinho e Chororó, Zezé di Camargo e Luciano), a nova guarda (a amiga Paula Fernandes, a nova cantora Nice) e artistas de outros estilos (Thiaguinho, Nando Reis e até Pepeu Gomes, que toca com eles sua "Sexy Yemanjá"). Com Nando, cantam uma das seis inéditas, o reggae "Altas Horas". Apesar dos pulinhos do ex-titã, os pés da dupla seguem firmes em terreno rural.
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G1 - Este disco tem muitos convidados de outros estilos. Vocês quiseram se aventurar mais por outros gêneros em especial neste disco?
Victor - Não, isso é um reflexo do nosso trabalho desde o início, diversificado. A gente tem referência profunda da música folclórica sertaneja, de raiz, do bucolismo, e tem referência do rock, r&b, do blues. Aquilo que virou a nossa música é um conjunto dessas referências.

G1 - No sertanejo de hoje existem muitas misturas, com forró, funk, dance music. Vocês sentem essa maior facilidade de misturar hoje?
Leo - Nem tudo que dizem ser sertanejo é sertanejo. Hoje, o nome está sendo usado. O cara dizer que é sertanejo não quer dizer que seja. O fato de o estilo estar sendo escutado, prestigiado, faz com que seja usado.


G1 - Mas qual é o limite? O que é sertanejo e o que não é?
Victor - Sertanejo vem do sertão, a palavra diz tudo. O sertão mudou, então a linguagem mudou. Mas a forma de retratar precisa vir daquilo que você viveu, ter uma essência. A gente foi criado na roça. “Deus e eu no sertão”, “Vida boa”, “Sem trânsito, sem avião”, dizem respeito a isso. Uma parte boa do show é manter viva a chama da cultura sertaneja. Óbvio que existe uma parcela de referências pop rock. “Borboletas”, “Tem que ser você” são mais distantes.

G1 - Acha que pessoas que não viveram essa vida estão tentando fazer sertanejo sem conseguir?
Victor - Pergunte a uma criança hoje: “Você ouve música sertaneja?”. “Ouço.” “Canta uma.” Eu tenho medo do que ela vai cantar.
Leo - [risos] Não cita o nome não.
Victor - Numa escola pública perto da minha casa eu estava escutando a criançada de seis, cinco anos, entrando ao som de palavras sensualizadas, tidas como “sertanejo”. Isso é um pouco preocupante em nível cultural. Em minha opinião, isso é um pouco de degradação cultural. Por isso chamamos para esse DVD o Marciano. Queremos fazer com que a música se renove a partir de sua essência. Mas o que está acontecendo aí no que se chama de música sertaneja é um engano.

G1 - Acham que é possível misturar sertanejo e funk carioca e continuar sendo sertanejo?
Victor - Se você misturar café com gasolina, provar e achar bom, dê-se por satisfeito.
Leo - A minha resposta é não sei [risos].

G1 - Hoje no sertanejo quase tudo é ao vivo. Inclusive gravações em estúdio com acréscimo de gritos, como se fossem shows. Qual foi o limite de retoques que vocês impuseram para este lançamento?
Leo - Eu e o Victor somos muito verdadeiros. Nunca colocamos voz de público que fosse falsa num disco nossa. A gente não se permite fazer isso.
Victor - Tem gente que é preciosista. “Nossa, tem uma nota mascada ali, que absurdo”. Absurdo é ir para o estúdio tirar a nota mascada, porque não aconteceu. No violão, prefiro deixar, mesmo que fique mais ou menos. Não sei se hoje ou sempre, a maioria dos artistas grava 100% em estúdio, o que eu acho desrespeitoso com o público.

G1 - Victor, você faz solos no violão como se fosse guitarrista. Quais te influenciam mais?
Victor - Não vou citar guitarristas para não envergonhá-los [risos]. Eu não sou um guitarrista. Toco violão de um jeito meu. Aprendi sozinho a tirar um som. Tenho uma pegada que os meus músicos, estudados, falam: “É um guitarrista vestido”. Mas não sou estudado, muitas notas que toco eu não sei de onde saíram, o nome delas. Parte mais da alma do que da técnica.

G1 - Leo, e as suas referências além do sertanejo?
Leo - Rock. Quando adolescente eu até cantava numa banda antes de formar a dupla com o Victor. Cantava  músicas do Guns, Nirvana, Bon Jovi, Skid Row. Tenho isso no meu iPhone. E country também. Artistas que são mais enérgicos, brincam mais no palco, sempre tive como referência.

G1 - E nessa banda você conseguia atingir as notas do Axl Rose?
Leo - Conseguia e consigo [risos].
Victor - No camarim, antes do show, de vez em quando o bicho manda ver...

por Rodrigo Ortega

Site Oficial

"Artista não nasce pra ser ajudado", afirmam Victor & Leo

Em entrevista ao Terra, dupla falou sobre o lançamento do novo DVD, 'Ao Vivo em Floripa'. 

Os irmãos Victor & Leo formam uma das duplas mais bem sucedidas da músicas sertaneja desde 2007, quando foram lançados ao sucesso. Desde então, firmaram seu espaço na música popular brasileira e hoje lançam seu terceiro DVD, Ao Vivo em Floripa, gravado na capital catarinense, uma das regiões preferidas da dupla no País.


Repleto de parcerias, o DVD ainda traz novidades como a cantora Nice, que eles conheceram nos bastidores de um show em Guaçuí, no Espírito Santo, e que teve a oportunidade de dividir o palco do show cantando uma composição própria. No entanto, os músicos fazem questão de deixar claro que a intenção nunca foi ajudar ou apadrinhar novos artistas. "Alcançar o sucesso graças a um padrinho não é mérito nenhum", afirma Leo.


Em entrevista ao Terra, a dupla ainda fala sobre a fama, a falta de tempo que vem acompanhada dela e afirmam que gostariam que houvessem mais cantoras como Paula Fernandes no Brasil.

Terra - Como foi diferente esse show do DVD Ao Vivo em Floripa?
Victor - Uma das diferenças é que a gente resolveu fazer esse DVD 20 dias antes. Em apenas 20 dias a gente tinha que produzir, arranjar e movimentar toda uma equipe pra fazer acontecer. E aquela é uma estrutura que exigiria muito mais tempo para ter um êxito garantido.

Leo - Mas já sabíamos que seria em Floripa há mais de um ano.

Victor - Todos os shows no Sul são maravilhosos desde 2007, quando nosso trabalho ficou mais conhecido. A gente tem uma relação muito peculiar e positiva com todas as regiões do País, mas no Sul, a educação, a cultura... Teve uma receptividade enorme com a nossa música. E um dia a gente tava sobrevoando Floripa após ter feito um show lá e viu aquela ponte. Então demos por certo que gravaríamos um DVD lá. E a gente está sempre alternando. Um ano em estúdio e um ano gravando ao vivo, e aí ficamos dois anos em estúdio e já sabíamos que o próximo ao vivo seria lá.

Terra - Vocês costumam se envolver em toda a concepção do show?
Leo - De tudo, desde o cenário até a luz, a parte musical... A gente é meio chato demais, sabe? Temos dedo em tudo. O diretor é um cara supercompetente, a gente já tinha trabalhado com ele, temos uma confiança muito grande no Santiago. E ele sabe que a gente gosta de opinar em tudo. Tanto nas luzes, no cenário, no palco, colocação, capa, foto... Participamos de todas essas questões dos nossos discos.

Terra - Notei que a agenda de vocês atual costuma ter quatro shows e uma pausa. O que vocês fazem nesses dias?
Leo - Hoje é uma pausa (risos). Desde 2007, 2008, quando a gente apareceu no mercado e nossa música se tornou conhecida, a gente teve uma agenda muito corrida, cheia de compromissos. Fazíamos mais shows do que hoje, era uma questão de escolha. Uma série de questões influenciaram nisso. A partir de 2010 - eu tenho família, filhos, esposa, o Victor também tem as questões pessoais dele que influenciam muito - a gente teve uma reunião e decidiu viver um pouquinho mais. Então fizemos uma reunião e hoje temos uma agenda mais enxuta. Quando passam de cinco shows por semana, já passou da média. Nos dias de folga também temos compromisso, de divulgação, visitamos rádio, viajamos... Daqui pra frente acredito que será sempre assim.

Terra - Como se deu a parceria entre vocês e o Pepeu Gomes no DVD?
Victor - No decorrer do disco, a gente tem várias canções próprias e algumas regravações como releituras. Essas regravações são baseadas na história que elas têm conosco, as tocamos nos bares, elas nos acompanharam em alguns momentos. E tocávamos Sexy Iemanjá há 20 anos. Uma hora a gente tinha que regravá-la, e assim fizemos no ano passado. E o Pepeu foi muito elogioso, soubemos que ele havia gostado e queríamos tê-lo conosco no palco como uma referência de repertório, que achamos muito rico e pouco conhecido pelas novas gerações. Então tínhamos que tê-lo.

Victor - Foi mais fácil do que por encomenda, né Leo? A gente teve uma afinidade superbacana.

Leo - Batemos um papo com ele antes no camarim, conhecemos um pouco da história de vida dele. O Pepeu é um gigante, né? Um grande compositor, músico e cantor da música brasileira. É um cara que canta bem demais. No ensaio, dois dias antes, a gente já sabia que seria aquilo ali, que ela seria uma música marcante.

Terra - E as demais parcerias? Como vocês escolheram esses artistas?
Leo - A gente não convidou ninguém somente para estar ali ou com segundas intenções. Convidamos por termos uma história de admiração pelo trabalho. O Zezé e Luciano foi uma das duplas, assim como muitas outras, que nos influenciou. Então é uma referência que a gente tem. Temos uma admiração e um respeito muito grande pela história deles, e o convite já tinha sido feito há um tempo. Depois eles foram ao lançamento do nosso último projeto, Amor de Alma, em Uberlândia. Cantamos uma música juntos, então houve uma aproximação de uns anos pra cá, além da admiração profissional. A gente também sempre teve uma admiração grande pelo Thiaguinho. Quando ele era do Exalta, já o achava um grande cantor. Ele ia a shows nossos e começou a surgir uma amizade quando nos encontrávamos nos eventos. Sempre tivemos uma simpatia por ele muito grande. Essa música, Maluco, já existia há muito tempo. A gente decidiu chamar o Thiaguinho por achar que ela é a cara dele.

Victor - E pelo fato dela jamais ser gravada por nós (risos). Ela ficava sempre guardada, porque eu fiz ela meio pagodinho, mas jamais a gravaria. Não tem a ver intrinsecamente com a gente. Nós nunca fizemos um pagode.

Leo - Semprei adorei o Nando Reis também, as composições dele, a postura dele no palco. O rock nacional é uma grande referência pra gente.

Terra - A Paula Fernandes também ficou superfeliz com a participação no show. Como é a amizade dela com vocês?

Victor - A gente já se conhece há mais de dez anos, conhecemos a Paulinha desde novinha. Gravamos uma música dela no ,Ao Vivo em Uberlândia e de alguma maneira aquilo ali aproximou mais o nosso contato artístico. A partir de então, depois que ela ficou conhecida e ela gravou uma música minha chamada Não Precisa, as pessoas querem muito ver a gente cantando com ela a canção que gravamos primeiro, Meu Eu Em Você. E ela participou conosco do disco passado com uma canção chamada Sonhos e Ilusões em Mim.

Terra - Como é a relação de vocês com essa nova geração de artistas sertanejos?
Victor - Quase todos são muito solicitos, elogiosos. O Michel Teló já foi a muitos shows da gente, Gusttavo Lima também... Todos eles, dessa nova geração, respeitam muito nosso trabalho.

Terra - Podem contar um pouco da história de vocês com a aquela cantora que aparece no DVD? Vocês a conheceram nos bastidores de um show?
Leo - Ela se chama Nice e a conhecemos no nosso camarim em um show em Guaçuí, no Espírito Santo. Ela entrou querendo nos apresentar uma música que ela queria que a gente gravasse. Ficamos realmente encantados com o timbre de voz dela. Pedimos que ela entrasse em contato conosco depois, para conhecer o trabalho dela. Aí ela enviou um CD com músicas que ela compôs e a convidamos para ir a um ensaio nosso em Floripa. Foi quando conhecemos mais da história de vida dela, que é fantástica. História vencedora, de uma pessoa que sofreu preconceito por parte da sociedade, por não ter condições financeira privilegiada e, com o talento e arte, seguiu na música. Ela é uma guerreira e muito talentosa. Victor - Já houve oportunidade de pessoas querendo fazer uma matéria conosco e com ela, mas a gente prefere que ela seja lançada sozinha, como grande cantora e compositora. Se nós fizermos isso agora, vamos virar os "padrinhos", e isso pra ela não é legal.

Terra - Vocês já pensaram em apadrinhar algum artista?
Victor - Essa coisa de ajudar é muito relativa. A Nice, pra nós, é uma exceção. Ela realmente nos encantou profundamente. Ela é diferente de tudo o que a gente já viu. As composições dela são muito maduras, de ficar de boca aberta. Ela tem uma forma simplista e, ao mesmo tempo, muito sofisticada de escrever músicas. Eu acredito que nessa história de ficar pegando artistas imaturos ou muito jovens e colocando esse pessoal exposto ao "sucesso", à fama fácil, à volúpia da internet... Acho isso muito perigoso. Isso não é ajudar ninguém, porque eu acho que o artista ele não nasce pra ser ajudado, e sim pra passar arte, e se ao passar essa arte ele chega até o público, ele tem méritos. Agora, se fica famoso com a grana de alguém ou com a ajuda de um padrinho, isso não é mérito nenhum. Ele tá levantando um troféu que não é dele.

Terra - Vocês costumam se incomodar com a falta de privacidade que a fama traz?
Leo - O que mais enche o saco pra mim é o julgamento das pessoas. Mas eu ligo muito o foda-se. Quando você a vida exposta, tem que estar muito atento ao que você faz e fala. E aí você não tem tanta liberdade de fazer o que quer. Mas o fato das pessoas me assediarem ou tirarem um pouco da minha privacidade, não me incomoda, até porque se tá na chuva é pra se molhar. Eu recebo de braços abertos.

Vocês sentem falta de mais cantoras sertanejas no Brasil?
Leo - Talvez exista uma carência de cantoras sertanejas. Mas não sei se sempre foi assim. Na época em que eu comecei a escutar música sertaneja, tinha a Roberta Miranda, a Sula Miranda, mas eram poucas. Acho que ficou um tempo sem novidade no mercado sertanejo feminino, e a Paula Fernandes veio numa hora excelente, trazendo uma música de qualidade, mudando uma vertente.

Victor - Seria bom se as outras cantoras fossem boas como ela. Se tiver coisa ruim, é melhor ficar sem (risos).

Terra - Nos shows, o Victor costuma ficar mais parado, tocando o violão e o Leo ocupando o palco. Isso é só uma limitação de instrumento ou reflete um pouco a personalidade de vocês também?
Leo - Desde criança eu sempre fui hiperativo. Meus pais tinham que ter cuidado comigo, e meus filhos também são assim. Na música, é mais pelas referências que tenho, pelo que eu gosto em um artista. Então eu sempre gostei muito de ver o Garth Brooks no palco, a Tina Turner... E do rock também, que é mais desencanado, faz o que tá a fim ali e (desculpe o termo) foda-se o que vão pensar.

Victor - No meu caso até tem a ver com a minha personalidade, porque eu sou mais quieto e tranquilo mesmo. Ao mesmo, eu faço todos os solos e todos os arranjos iniciais de todas as canções. Se eu tirar a mão do meu instrumento ou me dispersar em algum momento, o show desanda. Acho que o Leo faz o resto muito bem, ele tem uma presença de palco ferrada, como poucos artistas. Não tô enchendo sua bola não (risos). Eu fico muito tranquilo, entendeu? O cara tá muito bem na fita.

Leo - Se você for verdadeiro em cima do palco, isso é tudo, porque se for mentiroso, mais cedo ou mais tarde as pessoas vão perceber. O público sente quando é uma mentira. Isso é o mais importante.

por Luisa Migueres

Site Oficial


Victor e Leo: "O mercado sertanejo, hoje, é uma prostituição absoluta"


Falta pouco para o DVD “Ao Vivo em Floripa”, de Victor e Leo, chegar às lojas. O novo trabalho da dupla, que entra no mercado no início de agosto (o CD já está disponível), traz um show com quase duas horas de música e transita pelo rock, reggae, samba e forró, sem perder a essência sertaneja dos irmãos.

Na gravação, que aconteceu em 28 de março em Florianópolis, a dupla contou com as participações de Paula Fernandes, Chitãozinho e Xororó, Thiaguinho,  Marciano, Nice, Nando Reis,Gabriel Grossi, Haroldo Ferretti, Pepeu Gomes e Zezé di Camargo e Luciano. Aliás, a parceria entre os anfitriões e os filhos de Francisco na canção “Quando você some” é um dos destaques do álbum.

Assim como acontece em todos os outros trabalhos, da dupla, Victor e Leo optaram por seguir uma linha mais clássica (incrementadas com os solos de guitarra de Victor) e fugiram dos hits que tanto ganharam espaço na mídia nos últimos tempos, inclusive no exterior. E Leo explica essa fuga. “A gente se caracteriza principalmente por fazer música original, a primeira coisa que a gente sempre foca é fazer algo novo. A gente até brincou: qual é a moda? A gente fica ligado na moda para fugir dela”.

Em um bate papo com a coluna, além de falar do DVD, Victor e Leo analisaram o atual cenário musical. “Eu acredito que, o cara para fazer jus ao gênero sertanejo, tem que ter alguma ligação com o sertão. Se ele não tem nenhuma ligação, se a música dele não tem ligação nenhuma com o sertão, não sei o que é, mas sertanejo não é”, afirmou Victor.

Confira o bate papo com a dupla.

iG: Muitas vezes, o artista vê o resultado do trabalho e sente que poderia ter feito algo diferente. Vocês ficaram satisfeitos do novo DVD?

Leo: A gente é muito autocrítico. Sempre quando a gente faz um projeto novo, vão passando alguns dias, algumas semanas, a  gente começa a enxergar uma ou outra coisinha que a gente, talvez, poderia ter feito diferente. Mas como é ao vivo, a gente deixa do jeito que foi feito. Cheios de suor, de camisa amarrotada, e a música às vezes com uma falha ou outra na sonoridade, na bateria, na guitarra, no violão, e voz também.

Victor: Eu adorei o resultado. Com o tempo, você acaba priorizando o todo. E o todo, na minha opinião, está maravilhoso. É um DVD sincero, franco, e como o Leo disse, ao vivo. A maioria das pessoas grava um DVD ao vivo em estúdio e bota como se fosse ao vivo. Essa não é nossa realidade e ela pode ser sentida assistindo.

iG: O DVD de vocês tem forró, samba, rock, reggae e, claro, sertanejo. Musicalmente falando, como vocês classificam esse trabalho? Em que categoria, que prateleira da loja, vocês o colocariam?

Victor: Colocaria no “V”, de Victor e Leo. Tem folk, rock, reggae…e ”V”. Que é isso? É uma mistura de um monte de coisa. Apesar de a gente ter na música sertaneja raiz a nossa maior essência, a gente tem em tudo quanto é estilo, seja brasileiro ou internacional, referências fortes. A gente ouviu de tudo, de Dire Straits a Tião Carreiro e Pardinho. Agora, somos caipirões, somos criados na roça, no campo. De alguma maneira, a parte mais forte da nossa música está na música sertaneja, que retrata o que a gente viveu de verdade.

Leo: Acho que isso é retrato do que eu e o Victor sempre fomos, mesmo antes de cantar. É um retrato do que a gente sempre se espelhou, sempre escutou. Dois adolescentes que cresceram ouvindo música sertaneja de raiz, trio Parada Dura, Sérgio Reis, Almir Sater, Renato Teixeira, Chitãozinho e Xororó, Milionário e José Rico e uma série de outros nomes, e ao mesmo tempo Guns n’ Roses, Eagles, Bon Jovi, Dire Straits, Blues, várias outras vertentes musicais.

iG: Vocês citaram várias referências da música sertaneja e, recentemente, no aniversário de Milionário, muitas desses nomes mencionaram vocês como a dupla que seguirá no mercado. Como é ser reconhecido por aqueles em quem vocês se espelharam?

Leo: A gente recebe isso como um reflexo do que a gente faz, do que a gente tem implantado nesses anos todos. A gente se caracteriza principalmente por fazer música original, a primeira coisa que a gente sempre foca é fazer algo novo. A gente até brincou: qual é a moda? A gente fica ligado na moda para fugir dela.

Victor: Ao mesmo tempo a gente fica muito honrado, porque esses caras, como o Milionário, são referências fortes demais pra gente. Se hoje eles estão de alguma maneira reconhecendo nosso trabalho e elogiando, a gente retribui agradecendo a eles por serem um exemplo pra que a gente toque a carreira dessa maneira.

iG: Vocês tem as músicas mais clássicas, como você falou, fugindo do que é moda, do hit. Como é ver a Billboard americana, afirmar que o sertanejo está em alta, em ascensão, e não citar vocês?

Victor: A palavra sertanejo tem que vir do sertão. Se ela não vier do sertão de alguma maneira, ela é um engano de quem está achando que aquilo é sertanejo. Isso é nossa opinião. Tem um monte de coisa aí dita como sertaneja, que de sertanejo não tem absolutamente nada, nem o cabo da vassoura. A música sertaneja passou por diversas modificações, mas não perdeu sua essência. Se eu citar, dentro do nosso repertório, canções como “Deus e eu no sertão”, “rios de amor”, “noite estrelada”, “vida boa”, essas canções falam do sertão de uma maneira mais nova, entendível para as novas gerações, mas elas continuam lá, falando do velho fogão a lenha. De um tempo para cá, a palavra sertanejo veio perdendo seu sentido completamente. Eu respeito tudo, respeito até a falta de idealismo, mas não vou me misturar a ele e não vou ser conivente a isso.

Leo: Às vezes o cara nunca soube o que é música sertaneja, mas ele está falando que é sertanejo porque o gênero está em alta. Por um outro lado, todos os artistas que conquistaram um público fora do Brasil, é mérito do cara. A gente respeita e não se vê fora disso de uma forma incomodada. Se algum dia, a gente estiver lá, acho ótimo. Também não vou ser hipócrita e dizer que não quero meu nome citado na Billboard, pelo amor de Deus. Quero crescer o quanto eu consiga, acho que faço meu trabalho pra isso, pra alcançar, atingir mais pessoas, pra crescer. A gente respeita tudo, embora a gente não classifique todo mundo como sertanejo.


iG: Como vocês classificam, então?

Victor: Na verdade, a gente não classifica.

Leo: Particularmente, não me vejo em uma posição de classificar. Acho que é o público que tem que classificar.

Victor: Se quando você canta “Saudade de minha terra” e, aí, você canta uma outra coisa, dos tempos atuais, o que é sertanejo? Fica muito difícil, muito distante. Eu acredito que, o cara para fazer jus ao gênero sertanejo tem que ter alguma ligação com o sertão. Se ele não tem nenhuma ligação, se a música dele não tem ligação nenhuma com o sertão, não sei o que é, mas sertanejo não é.

iG: Isso que vocês falaram de não vir do sertão, vocês também ouviram quando iniciaram a carreira.  A primeira vez que participaram do Faustão, por exemplo, ele perguntou diversas vezes o que vocês faziam, se tinham vindo da roça, pediu para vocês cantarem sucessos antigos em vez de músicas de vocês. E, ali, vocês mostraram a que vieram. Vocês sofreram preconceito por não terem a história, por exemplo, de Chitão e Xororó, Zezé e Luciano?

Victor: Sim, nos próprios botecos. Nosso início em São Paulo, por exemplo, a gente já cantava há dez anos, e as pessoas nos botecos falavam: “esses caras aí, esses bonitõezinhos, não cantam nada”, antes mesmo de a gente cantar.

Leo: E a gente não tinha medo de ouvir não. Os caras hoje tem muito medo de ouvir não.

Victor: Se o cara não aceitava, dizia: “vocês cantam em uma região muito mediana, não gritam. Tem que gritar, malhar veia”. Nós estudamos canto cinco anos e aprendemos que cantar é o contrário de gritar. Culturalmente falando, a gente tinha que tomar uma dose a mais de paciência para poder mostrar o trabalho como ele era e conquistar nosso próprio público devagar.

Leo: A gente sofreu preconceito tanto na noite quanto quando a gente apareceu no mercado, que as pessoas…enfim, não vou dizer esse detalhe no Faustão, mas algumas pessoas nos viam como uma coisa nova, diferente do que estava acontecendo há algum tempo.

Victor: Acho que alguns artistas tem medo da rejeição, por isso que a maioria imita. Mas vou dizer, a gente não usava aquelas botas com bico fino. Tem um monte de dupla que usa, mas nunca foi o nosso estilo. Nem na roça a gente usava. A gente usava mais botina, tênis. Prefiro ser eu. Tem um monte de gente usando bota e chapéu, cantando gato por lebre.

iG: Vocês são um pouco avessos para falar de  vida pessoal, e tem  muito fã que gostaria de saber um pouco mais do que acontece com vocês longe dos palcos, por trás das câmeras. Até que ponto vocês acham que isso não pode atrapalhar na carreira, e de repente as pessoas taxarem vocês como metidos, arrogantes ou algo assim?

Leo: Na verdade, não sei se atrapalha na carreira. Acho que vai atrapalhar na vida pessoal. Vejo dessa forma. Eu tenho dois filhos e uma esposa, que eu evito expor excessivamente. Em algumas situações, já estive com Tatiane em alguns lugares, eventos, uma coisa natural, nada forçado assim: “vamos em tal evento para aparecer em tal revista…”.

Victor: Se por preservar minha vida pessoal, eu tiver que ser chamado de metido, eu prefiro preserva-la. Se alguém me pergunta uma coisa que eu não queira expor, eu prefiro ao invés de prejudicar alguém, ser taxado como antipático do que prejudicar meu lado pessoal. Ele é mais valioso. Porque meu trabalho é música. Se as pessoas querem saber quem eu amo, aí é um problema de quem quer saber, eu não tenho que contar. Respeito quem expõe, mas esse não é meu perfil, do meu irmão.

iG: Pra finalizar, queria que fizessem uma análise do mercado sertanejo hoje em dia e da carreira de vocês dentro desse mercado.

Leo: (pensa um pouco para falar) O mercado sertanejo, a música sertaneja, hoje é uma prostituição absoluta. Nego compra música, rádio, show, contratante, compra isso, compra aquilo, e se esquece do que o cara está fazendo por trás daquilo, que é a arte. Acho que é até bom tudo isso, a gente continua fazendo nosso trabalho aqui, com uma intenção bacana, como muitos outros continuam fazendo. Se um dia  a gente voltar a ter, como a gente tinha em tempo de boteco, um casal escutando a gente em frente a um show, a gente não vai se vender. Vai continuar fazendo nossa música, sem fazer o que está rolando.

Victor: Sintetizando é isso aí. A música sertaneja está em baixa e a palavra sertaneja está em alta. É isso mesmo!


por Marília Neves

Saudades

Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular. "Saudade", só conhecida em galego e português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, falta, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de"saúde" e "saudar".


É isso ! Saudades de vocês Daniel Courceiro,Marcelo Morais,Roger Delayon,Marcos Abjaud,Leo Pires e Luciano Passos




Victor & Leo Ao Vivo em Floripa agora no iTunes!‏


"Ao Vivo em Floripa", o primeiro álbum nacional especialmente masterizado para o iTunes.

6 músicas inéditas e grandes hits com qualidade excepcional.





O Dia | Victor & Leo lançam CD e DVD para comemorar 20 anos de carreira




O título da célebre canção da dupla Leandro & Leonardo, que batiza esta matéria, traduz bem a trajetória de outro fenômeno sertanejo. Em entrevista para divulgar o novo CD e DVD, ‘Ao Vivo Em Floripa’, os mineiros Victor & Leo discordam sobre várias coisas. E, ao provocá-los a resgatar lembranças da infância e adolescência, constata-se que sempre foi assim. Aliás, antes, era pior. Coisa de irmãos.

“Ele já arrancou muito sangue meu”, conta Leo, 35, um ano e meio mais novo, às gargalhadas. “Mas eu também já tirei sangue dele”, completa, deixando escapar um ar de vingança. Hoje, claro, as diferenças são resolvidas de forma mais civilizada. “Nós somos muito diferentes, mas, depois de 20 anos de carreira, conseguimos atingir uma certa maturidade”, garante o caçula.

As duas décadas nos palcos são passadas a limpo no novo lançamento, que traz registro de show na capital catarinense repleto de convidados, como é costume nesse tipo de projeto. Victor & Leo recebem as palinhas de Chitãozinho & Xororó, Zezé Di Camargo & Luciano, Paula Fernandes, Marciano, e até Nando Reis e Pepeu Gomes, além de Thiaguinho, nomes não habituais no universo sertanejo.

Dias antes, a mesma cidade foi cenário da gravação do DVD de outra dupla, Jorge & Mateus. Quando perguntados se Florianópolis estaria se tornando a mais nova meca do gênero, os irmãos respondem em uníssono. Só que um diz sim e o outro, não.“O sertanejo vem crescendo muito, não só em Santa Catarina, mas em toda a Região Sul”, concorda Leo.

Já Victor descarta tal classificação: “Em 2007, gravamos um DVD em Uberlândia, Minas Gerais, aí foi a mesma coisa: todo mundo começou a achar que lá brotavam duplas”.
Mas nem tudo é discordância entre eles. As ideias se afinam quando analisam a recente geração sertaneja. “Tem muito artista aí que diz que é sertanejo só por causa do bom momento que o estilo está vivendo”, avalia Leo.

Victor, desta vez, faz coro, e vai mais fundo na visão crítica: “É uma turma que nunca curou um leitão na vida. O rótulo ‘sertanejo’ está em alta, mas a verdadeira música sertaneja está em baixa. Se for olhar os eventos atuais do gênero, não tem nada de sertão, nem uma fogueira”, lamenta.

por Leandro Souto Maior

Site Oficial - Victor e Leo

Promoção: Festa de Agosto 2012


Válida até 10/08/2012


A Rádio Circuito das Águas FM leva você para o show de Victor & Leo em São Lourenço/MG, no dia 11 de agosto, e conhecer a dupla no camarim!
Para mais informações, acesse o site da rádio.
É só Ligar 35 3341 3903 deixar nome e telefone. Condução grátis Caxambu/São Lourenço. Parceria Kadu Eventos


Aprecie o novo site oficial Victor e Leo


Acesse : www.victoreleo.com 

Victor e Leo lança o primeiro álbum nacional Mastered for iTunes no Brasil!

'Ao Vivo Em Floripa', novo álbum da dupla, traz 17 faixas com alta qualidade, incluindo os grandes sucessos como “Amor de Alma”, “Água de Oceano” e “Não Precisa”. 

“Quando gravamos um novo trabalho, sabemos que uma mesma canção pode emocionar menos ou mais, dependendo da qualidade com que é ouvida. Estamos honrados por fazermos parte de um passo à frente rumo à tecnologia de qualidade através do formato Mastered for iTunes, que aproximará o ouvinte da emoção máxima com que gravamos Ao Vivo em Floripa”, comemora a dupla Victor & Leo.

A certificação Mastered for iTunes consiste em codificar os fonogramas digitalizados em 24 bits, enquanto a maioria das músicas obtidas na internet e extraídas de CDs são codificadas a 16 bits. Esta especificação garante uma entrega melhor do áudio, reproduzindo com fidelidade o trabalho de artistas, engenheiros de som e produtores.

O álbum 'Victor & Leo – Ao Vivo em Floripa Mastered for iTunes' pode ser encontrado em: http://smarturl.it/VictoreLeo

Promoção: CD Autografado Victor & Leo “Ao Vivo em Floripa”


Promoção CD Autografado Victror e Leo Ao Vivo em Floripa. 

PROMOÇÃO VÁLIDA PARA O SHOW DIA 25/07(MARECHAL CÂND. RONDON),
Fonte: Twitter – @GDOPRODUCOES

Victor & Leo - Novo CD nas Lojas Americanas!

Loucura de Inverno‏ Loja Victor e Leo


Show Oliveira-MG 21/07/2012





Show Sombrio -SC 20/07/2012





Show Santa Bárbara-MG 19/07/2012





Show Coromandel-MG 18/07/2012






Show Piranga-MG 15/07/2012





Show Governador Valadares-MG 14/07/2012