Vaga-lumes e estrelas (via @vcoficial no instagram)

Estrelas, aqueles pontos cadentes inalcançáveis que estão sempre lá, onde não se sabe onde é, mesmo quando não os vemos em tempos nublados. As estrelas não vem até nós e, se viessem, não seriam estrelas. Assim como a gente não pode se ver por inteiro próximo demais a um espelho, estrelas são feitas para serem vistas de longe. Somos estrelas em momentos que nos observamos a uma distância que só o tempo permite. Porque tudo o que vemos de nós mesmos é luz que viaja e já não existe mais. Mas o que se forma em nosso ser, só será estrela quando explodir. E o que explode, perde a existência. A imaginação e os sonhos são as estrelas em formação mais latentes de nosso céu encantado. Quando se realizam, podem ser vistos de longe, brilhando em um passado que permanecerá no firmamento longínquo de tudo o que nos trouxe a onde pensamos estar ou ser. Vaga-lumes. Eles vem até nós. Brilham em nosso redor e, de repente, se vão, como quem, sem muita satisfação a dar, nos satisfaz a carência do especial com sua rápida e passageira presença. Eles sim, são como o que somos no presente. Hora brilhantes, hora apagados. São mortais e dependentes de um artifício qualquer, quase mágico, para se parecerem com as estrelas. Vaga-lumes e estrelas possuem certas distintas diferenças, muito embora se misturem na escuridão de nossa limitada visão das coisas. Os primeiros são vivos, passíveis da morte e logo sucumbem. As estrelas já morreram e permanecem lá, onde ninguém sabe onde, brilhando perenes. Perguntei a um vaga-lume o que o faz sentir-se vivo e brilhante. Ele disse: o sonho de me tornar uma estrela.


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